Estava eu em um taxi na avenida Prestes Maia, na altura do Mercado Central de São Paulo, quando, subitamente, o rádio do carro faz uma pausa na música e anuncia o falecimento do médium mineiro Zé Arigó, vítima de um acidente automobilístico próximo de Congonhas do Campo, onde nasceu e residia. A surpresa, o susto ficaram gravados na memória. Recém-espírita, ouvia pelos corredores da Federação conversas sobre as curas mediúnicas do médium, mas não possuía ainda noção clara dos fenômenos de que era ele protagonista.

A notícia correu rápida e logo todo o país tomava contato do ocorrido As histórias se multiplicaram, do fantástico ao milagre, da aceitação e da condenação, da acusação à suspeita. A compreensão da mediunidade de cura, desafio dos pesquisadores e estudiosos, surgia trêmula num cenário de suspeitas e deslumbramento. O tempo passou em sua duração permanente, mudando cenários, mas não a realidade em relação à cura mediúnica de que Zé Arigó é o maior expoente ainda hoje, depois de 49 anos de seu desaparecimento físico. (mais…)